22 de outubro de 2010 | 9h 44
AE - Agência Estado
A prova de que a Lua é um mundo dinâmico, e não seco e desolado, oferece a possibilidade da criação de postos espaciais, nos quais futuros astronautas poderiam encontrar água para beber e para fabricar combustível para naves, dizem cientistas.
"Os recursos estão lá e são potencialmente utilizáveis em futuras missões", afirmou o cientista Anthony Colaprete, do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, que comparou a cratera de cerca de 100 quilômetros de diâmetro por 25 de profundidade a um oásis no deserto. Entretanto, o governo dos Estados Unidos não tem planos de voltar a pousar na Lua em curto prazo.
Em 9 de outubro do ano passado, a Nasa lançou contra a superfície da cratera Cabeus, a cerca de 100 quilômetros do polo sul do satélite, o foguete Centauro e, quatro minutos depois, a sonda Lcross (sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares).
O impacto da Centauro registrado pela Lcross e enviado à Nasa antes de sua queda foi tão grande que levantou do fundo da cratera uma nuvem de partículas que não recebiam luz solar havia bilhões de anos. Em novembro, a Nasa divulgou que dessa nuvem constava água congelada, confirmando que o satélite não era tão árido quanto se pensava. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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