27/04/2008 - 06h59
Moscou, 27 abr (EFE).- Quatro voluntários russos concluíram neste domingo o primeiro de uma série de experimentos para simular um vôo a Marte, informou o Instituto de Problemas Médico-Biológicos (IPMB) da Academia de Ciências da Rússia.
Durante duas semanas os voluntários permaneceram fechados em um módulo onde a partir do sétimo dia foi sendo reduzido o nível de oxigênio e acrescentando por outro lado gás inerte argônio, explicou um representante do IPMB à agência "Interfax".
"Semelhante mistura de oxigênio, nitrogênio e argônio poderá ser usado durante os futuros vôos pilotados a Marte, pois permite reduzir o risco de um incêndio a bordo da nave espacial, assim como economizar reservas de oxigênio", disse o cientista.
Acrescentou que a mera redução da quantidade de oxigênio afeta o organismo humano e pode causar a morte, mas isto pode ser evitado elevando o conteúdo de argônio, cuja presença no ar é habitualmente de aproximadamente 1%.
"Este gás foi encontrado em Marte, portanto os cosmonautas poderão repor suas reservas diretamente nesse planeta, sem ter de transportar carga adicional", explicou.
Esse estudo faz parte do ambicioso projeto conhecido como "Marte-500", durante o qual seis voluntários permanecerão um total de 520 dias, o tempo da viagem de ida e volta a Marte, mais uma estadia de 30 dias na superfície marciana, em um simulador.
O experimento russo, cujo início está previsto para 2009, será desenvolvido em cinco módulos de 550 metros cúbicos, com a configuração, instrumentos e equipes que poderia haver nas futuras naves interplanetárias.
A viagem tripulada ao Planeta Vermelho é uma meta já estabelecida nos programas espaciais dos Estados Unidos, Rússia e China.
A Rússia anunciou há um ano o início dos preparativos para conquistar a Lua e Marte, com o objetivo que para 2015 suas naves não tripuladas cheguem à superfície selenita lunar e ao Planeta Vermelho.
UOL
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